tag:blogger.com,1999:blog-6772792519216967159.post7431481922827672409..comments2017-06-22T18:04:22.690-03:00Comments on UMA FACA SÓ LÂMINA: DE TUDO RESTA UM POUCO.Unknownnoreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-6772792519216967159.post-3334094433519014852008-07-22T13:35:00.000-03:002008-07-22T13:35:00.000-03:00Olá, Wellington!Acho que viver sendo útil a alguns...Olá, Wellington!<BR/><BR/>Acho que viver sendo útil a alguns e não atrapalhando / prejudicando a ninguém, já é grande coisa. E sua biografia narrativa teve uma continuidade à altura do que já havia sido comentado. Seu amor pelo seu filho é notório, e uma obra de arte. Aliás,todas as relações de amor são obras de arte. E quanto a esse poema de Drummond, eu te digo o seguinte: é um poema de altíssima qualidade. Um cara que escrevesse algumas dezenas desses ( e ele escreveu) já merece o título de grande escritor, "refugos" ou "cascalhos" à parte. Se em quilos de terra se garimpa umas cinquenta pepitas dessas, já vale o título. Aqui, nesse poema, o que nós temos é um "coloquialismo brilhante". Um falso coloquialismo que é de uma riqueza de imagens e de construção que só quem sabe escrever muuuuito consegue, fazendo parecer "quase uma crônica". Eis uma das chaves para se pensar Drummond. Eu tiro o chapéu pra ambos ( "bater cabeça" você sabe que não...), Cabral e Drummond. e eu te garanto uma coisa, Wellington. Se você tiver paciência e pesquisar, vai achar algumas dezenas de poemas drummondianos desse calibre. Tendo sido um desses caras que preencheram os requisitos de fazer bem a alguns, e não prejudicar a ninguém ( falo de dolo, não de "eventual prejuízo indireto"), e deixando atrás de si uns cinquenta poemas como este, o cara merece o lugar que ocupa.Eu acho que desbancar o cara de um posto de idolatria média, por parte de um articulista de revista, faz parte até do charme dele. "Faz parte do seu show". Eu já o vi falar que Tolstói e Dostoiévski "são livros para a adolescência, porque ele os leu na adolescência, é nesse contexto que os vê". Bom, que ele os tenha lido, beleza. Ele ouvia Pink Floyd, Gênesis e Yes na adolescência, eu também, além de Tom Jobim ( gênio absoluto), Gil, João Bosco, Beto Guedes, Milton, Flávio Venturini, Ivan Lins. Mas poderia revê-los com olhar adulto. Ou não? Talvez por ler cedo demais, haja o risco de se ter aquele olhar desdenhoso da adolescência de se imaginar "já saber de tudo"...O exagero pode ser interessante, aquela iconoclastia que derruba lugares-comuns. Mas há que se reconhecer escalas de talentos, e não decepar as cabeças de autores em nome do efeito retórico que isso possa causar.<BR/><BR/>Abração,<BR/><BR/><BR/><BR/><BR/>Marcelo.Marcelo Novaeshttps://www.blogger.com/profile/11209737711648527795noreply@blogger.com