sábado, 26 de janeiro de 2008

SHAKESPEARE , UM DEUS.

FIZ ESSE BLOG A PEDIDO DE UM EX-AMIGO, COM A INTENÇÃO DE FALAR MAU DE NOSSO ACÉFALO PRESIDENTE, NÃO QUE EU ACHE QUE ALGUÉM SÉRIO OU MESMO RAZOÁVEL VÁ SE INTERESSAR PELO QUE DIGO, MAS DE TODA FORMA DIGO; SEGUINDO O QUE DISSE UM DE MEUS MESTRES , NELSON RODRIGUES: AS COISAS QUE NÃO SÃO DITAS , APRODECEM EM NÓS.NÃO TENHO MAIS ÂNIMO PARA FALAR DE UM SUJEITO COMO LULA. ENTÃO DE QUEM FALAR? ELE , CLARO : O BARDO DE STRATFORD. O DIABO É QUE QUANTO MAIS EU ESCREVO SOBRE ELE, MAIS VONTADE TENHO DE CONTINUAR; COMO FACA DE JOÃO CABRAL . MINHA FEBRE É ELE.MAS UM INSTANTE; TENHO ALGUNS ÍDOLOS : CAETANO(O MAIOR DELES) CHICO, ROMÁRIO( O QUE MAIS DEFENDO COMO GÊNIO OLUTO DA RAÇA, CONSIDERO ELE TÃO OU MAIOR QUE GUIMARÃES ROSA)MAS SHAKESPEARE SEGURAMENTE NÃO É UM DELES.A RECORRÊNCIA COM QUE FALO DO GÊNIO INGLÊS SE DÁ SOBRETUDO POR SER ELE O MAIOR ESCRITOR DE TODOS, UM GÊNIO. E O QUE É UM GÊNIO?O QUE FAZ COM QUE SE DIGA: FULANO É UM GÊNIO! A PERGUNTA É CAPCIOSA, MAS É DE PERGUNTAS CAPCIOSAS QUE VIVE O MUNDO A SE RECRIAR. GÊNIO , SEGUNDO O DICIONÁRIO DO TIO DE CHICO BUARQUE, É UM SUJEITO QUE ALCANÇA O MAIS ALTO GRAU INTELECTUAL, OU AINDA CAPACIDADE CRIATIVA ALTÍSSIMA.
HÁ VÁRIAS PESSOAS COM ALTO GRAU DE CONHECIMENTO , OU MESMO DE CRIAÇÃO , MAS O GÊNIO TRANSCENDE A ISSO , SER SHAKESPEARE É FUNDAR UMA LÍNGUA ( PARA OS QUE NÃO SABEM , ELE FUNDOU TAL COMO É HOJE , O IDIOMA INGLÊS)
ESCREVEU HAMLET , REI LEAR E MACHETH EM UM ANO, CRIOU TUDO O QUE VEIO AS SER CHAMADO PSCOLOGIA , FOI DO VENTRE DELE QUE SAIU DOSTOIEVSKI, ELE CRIOU PERSONAGENS TÃO HUMANOS E GENIAIS QUE MESMO PARA QUEM NUNCA LEU O DRAMATURGO INGLÊS , ELES SÃO PERCEPTÍVEIS. QUANDO SE CONHECE SHAKESPEARE SE PÔE EM QUESTÃO TUDO O QUE GIRA AO REDOR DE NÓS.
VAMOS DA TEORIA À PRÁTICA, VAMOS A ELE :

Ser ou não ser - eis a questão.Será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas do destino feroz, ou pegar-me em armas contra o mar de angústias - e, combatendo-o, dar-lhe fim?Morrer; dormir; Só isso.E com sono - dizem - extinguir dores do coração e as mil mazelas naturais a que a carne é sujeita; eis uma consumação ardentemente desejável.Morrer - dormir - dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo! Os sonhos que hão de vir no sono da morte quando tivermos escapado ao tumulto vital nos obrigam a hesitar: e é essa reflexão que dá à desventura uma vida tão longa.Pois quem suportaria o açoite e os insultos do mundo, a afronta do opressor, o desdém do orgulhoso, as pontadas do amor humilhado, as delongas da lei, a prepotência do mando e o achincalhe que o mérito paciente recebe dos inúteis, podendo ele próprio encontrar seu repouso com um simples punhal?Quem agüentaria fardos gemendo e suando numa vida servil, senão porque o terror de alguma coisa após a morte - o país não descoberto, de cujos confins não voltou jamais nenhum viajante - nos confunde a vontade, nos faz preferir e suportar os males que já temos, a fugirmos para outros que desconhecemos?E assim a reflexão faz todos nós covardes.E assim o matiz natural da decisão se transforma no doentio pálido do pensamento. E empreitadas de vigor e coragem, refletidas demais, saem de seu caminho, perdem o nome de ação.(Hamlet, Ato III, cena 1)
QUEM DEPOIS DELE ESCREVEU TAIS VERDADES , COM PROFUNDEZA DE UM OCEANO E VERDADE DE UM DEUS.

Um comentário:

Marcelo Novaes disse...

olá, Wellington.

Fale de Shakespeare..., é um assunto inesgotável ( Harold Bloom que o diga...).

Estou te convidando para visitar o meu blog:
http://olugarqueimporta.blogspot.com/

Um abraço,

Marcelo.