ADRIANA COELHO
POR ÁGUA ABAIXO
ainda estou aqui sem saber começar
porque não me acostumei com as metades
nem com os inteiros
quando me dou conta estou perto do fim
ou depois do meio [no meio de mim]
onde todos os caminhos se extinguem
e as pedras servem melhor aos estilingues
haja pulmão para tanto oxigênio
e hidrogênio quando falta o ar
na tentativa de vir à tona na hora errada
o sol a pino, o pino da granada,
a pressão, a queda
a verdade liquidada
[onde há campos minados
e nenhum verso seguro
ou se ouvem as explosões
ou apenas os soluços]
sábado, 25 de abril de 2009
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4 comentários:
Adrianna sempre arrasa!
Um abraço.
Adriana, repito o Moacy, sempre arrasa! E tal maneira e com tamanha alma poética, que emociona!
è uma das melhores, na minha opinião.
Bela postagem Wellington!
Beijos
Mirse
Well e meus caros,
A moça domina a arte!
Abração,
Marcelo.
well, desculpa a minha demora para vir aqui...
vc sabe, eu com minha vida mansa de contadora (e não de gata), esbarrei com o LEÃO em abril.
agora estou aqui, agradecendo a vc, por me considerar assim, e sabendo que vc não tem papa na língua (dos dedos), um elogio seu vale muito para mim.
aproveito tbm para agradecer o meu amigão, moacy; o meu amor, marcelo e a mirze (um dia nos esbarramos nesse rio, espero).
beijos!
p.s. não foi ruindade, viu.
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