domingo, 18 de abril de 2010

JOÃO CABRAL DE MELO NETO PARA EMOCIONAR UMA ROSE

JOÃO CABRAL AMAVA RECIFE, ESPANHA, E POESIA. EU AMO RECIFE, POESIA, MULHERES QUE FALAM ESPANHOL, MAS SENDO ELA, COM CHARME DELA, COM FOGO DELA, CARNE TODA EM CARNE VIVA.




Dir-se-ia, quando aparece

dançando por siguiriyas,

que com a imagem do fogo

inteira se identifica.


Todos os gestos do fogo

que então possui dir-se-ia:

gestos das folhas do fogo,

de seu cabelo, sua língua;

gestos do corpo do fogo,

de sua carne em agonia,

carne de fogo, só nervos,

carne toda em carne viva.




Então, o caráter do fogo

nela também se adivinha:

mesmo gosto dos extremos,

de natureza faminta,

gosto de chegar ao fim

do que dele se aproxima,

gosto de chegar-se ao fim,

de atingir a própria cinza.




Porém a imagem do fogo

é num ponto desmentida:

que o fogo não é capaz

como ela é, nas siguiriyas,

de arrancar-se de si mesmo

numa primeira faísca,

nessa que, quando ela quer,

vem e acende-a fibra a fibra,

que somente ela é capaz

de acender-se estando fria,

de incendiar-se com nada,

de incendiar-se sozinha.




Subida ao dorso da dança

(vai carregada ou a carrega?)

é impossível se dizer

se é a cavaleira ou a égua.




Ela tem na sua dança

toda a energia retesa

e todo o nervo de quando

algum cavalo se encrespa.




Isto é: tanto a tensão

de quem vai montado em sela,

de quem monta um animal

e só a custo o debela,

como a tensão do animal

dominado sob a rédea,

que ressente ser mandado

e obedecendo protesta.




Então, como declarar

se ela é égua ou cavaleira:

há uma tal conformidade

entre o que é animal e é ela,

entre a parte que domina

e a parte que se rebela,

entre o que nela cavalga

e o que é cavalgado nela,

que o melhor será dizer

de ambas, cavaleira e égua,

que são de uma mesma coisa

e que um só nervo as inerva,

e que é impossível traçar

nenhuma linha fronteira

entre ela e a montaria:

ela é a égua e a cavaleira.




Quando está taconeando

a cabeça, atenta, inclina,

como se buscasse ouvir

alguma voz indistinta.




Há nessa atenção curvada

muito de telegrafista,

atento para não perder

a mensagem transmitida.




Mas o que faz duvidar

possa ser telegrafia

aquelas respostas que

suas pernas pronunciam

é que a mensagem de quem

lá do outro lado da linha

ela responde tão séria

nos passa despercebida.




Mas depois já não há dúvida:

é mesmo telegrafia:

mesmo que não se perceba

a mensagem recebida,

se vem de um ponto no fundo

do tablado ou de sua vida,

se a linguagem do diálogo

é em código ou ostensiva,

já não cabe duvidar:

deve ser telegrafia:

basta escutar a dicção

tão morse e tão desflorida,

linear, numa só corda,

em ponto e traço, concisa,

a dicção em preto e branco




Ela não pisa na terra

como quem a propicia

para que lhe seja leve

quando se enterre, num dia.




Ela a trata com a dura

e muscular energia

do camponês que cavando

sabe que a terra amacia.




Do camponês de quem tem

sotaque andaluz caipira

e o tornozelo robusto

que mais se planta que pisa.




Assim, em vez dessa ave

assexuada e mofina,

coisa a que parece sempre

aspirar a bailarina,

esta se quer uma árvore

firme na terra, nativa,

que não quer negar a terra

nem, como ave, fugi-la.




Árvore que estima a terra

de que se sabe família

e por isso trata a terra

com tanta dureza íntima.




Mais: que ao se saber da terra

não só na terra se afinca

pelos troncos dessas pernas

fortes, terrenas, maciças,

mas se orgulha de ser terra

e dela se reafirma,

batendo-a enquanto dança,

para vencer quem duvida.




Sua dança sempre acaba

igual como começa,

tal esses livros de iguais

coberta e contra-coberta:

com a mesma posição

como que talhada em pedra:

um momento está estátua,

desafiante, à espera.



Mas se essas duas estátuas

mesma atitude observam,

aquilo que desafiam

parece coisas diversas.




A primeira das estátuas

que ela é, quando começa,

parece desafiar

alguma presença interna

que no fundo dela própria,

fluindo, informe e sem regra,

por sua vez a desafia

a ver quem é que a modela.




Enquanto a estátua final,

por igual que ela pareça,

que ela é, quando um estilo

já impôs à íntima presa,

parece mais desafio

a quem está na assistência,

como para indagar quem

a mesma façanha tenta.




O livro de sua dança

capas iguais o encerram:

com a figura desafiante

de suas estátuas acesas.




Na sua dança se assiste

como ao processo da espiga:

verde, envolvida de palha;

madura, quase despida.




Parece que sua dança

ao ser dançada, à medida

que avança, a vai despojando

da folhagem que a vestia.




Não só da vegetação

de que ela dança vestida

(saias folhudas e crespas

do que no Brasil é chita)

mas também dessa outra flora

a que seus braços dão vida,

densa floresta de gestos

a que dão vida a agonia.




Na verdade, embora tudo

aquilo que ela leva em cima,

embora, de fato, sempre,

continui nela a vesti-la,

parece que vai perdendo

a opacidade que tinha

e, como a palha que seca,

vai aos poucos entreabrindo-a.




Ou então é que essa folhagem

vai ficando impercebida:

porque terminada a dança

embora a roupa persista,

a imagem que a memória

conservará em sua vista

é a espiga, nua e espigada,

rompente e esbelta, em espiga.

domingo, 4 de abril de 2010

AUTÓGRAFO

ELE NA NOITE RIA,
RIA ADENTRO NOITE.
UM RISO OUTRO, UM RISO
QUE DIR-SE-IA ESCÁRNIO,
QUE SE PARECIA UM RISO
EXTERNO, PRA SER VISTO.

ELE TINHA CONSIGO QUE ALGO LHE FORA REVELADO,
LOGO ELE, E O MAIS ESTRAVAGANTE: A ELE.

E FOI JUSTO NA NOITE, ONDE ELE SE TRANSFORMA,
ONDE ELE DEIXA DE SER HOMEM E É POETA,
ONDE CHORA PORQUE O CHORO É O DESDOBRAMENTO DA
COISA QUE ELE NÃO PODE DIZER O QUANTO É.

E NÃO DIZIA PORQUE NÃO CONHECIA AS PALAVRAS QUE DESCREVEM,
OU QUE ENCERRAM O ÚLTIMO PONTO DE VISTA.

ME IMPRESSIONO COM ELE SEMPRE QUE O LEMBRO, SEMPRE QUE O VEJO,
SUA ROTUNDA FIGURA, CUJA EXUBERÂNCIA NÃO VEM DE SUA CARNE APENAS, VEM
DE UM HOMEM-CRIANÇA, MAS CHEIO DE SENTIMENTO. SIM, TIVE VERGONHA DISSO, DELE
SER MAIS POETA QUE OS POETAS TODOS, MAIS POETA QUE OS POETAS DOS QUAIS SE OS VISSE(ESTÃO TODOS MORTOS) EU PEDIRIA UM AUTÓGRAFO, UM ADMIRARIA EXTERNAMENTE, E FICO TRISTE COMIGO, E FICO TRISTE COM TODOS, PORQUE NÃO PEDI UM AUTÓGRAFO A ELE, PORQUE TENHO VERGONHA DE ADMIRAR UM SER, UM GESTO, UM SORRISO, POR SÓ PODER ADMIRAR A PALAVRA ESCRITA DOS POETAS, NUNCA A POESIA ESCRITA EM CARNE VIVA.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

ARTIGO DE FHC, QUE A\CEITOU UM DEBATE COM LULA PARA COMPARAR OS GOVERNOS. LULA NÃO TOPOU.

SEM MEDO DO PASSADO

Fernando Henrique Cardoso

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?

A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.

Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010. “Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.

Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.

terça-feira, 30 de março de 2010

JOSÉ SERRA, COMPETENTE E BONITO.

Quando eu meter o pau no lula, sim, tentarei fazer com que meu blog esteja à serviço de Serra, o que prejudicará a popularidade do lula. Estou convencido de que meu blog é o mais popular e influente da net. Não sou cabotino (essa é o tipo de palavra que se usa para mostrar que se tem um vocabulário melhor que o lula, mas “pedante” me soa mais “cabotino” que o própio “cabotino”, e “metido” me pareceu vulgar e meio pederasta) mas toda vez que esculhambo lula, e sempre o faço de coração, sai um pesquisa informando que ele bateu recorde de popularidade. Aliás, a popularidade dele é algo intrigante, diria, se místico fosse, que é paranormal. Se você pegar um papel e sair por aí perguntando coisas que se sabem que a maioria gosta, de indiscutível popularidade, vai perceber que o nosso presidente tem uma popularidade anormal.
Exagero? Experimente, pegue um papel e pergunte a 5 mil pessoas se Ana Paula Arósio é bonita, se pelé foi melhor que Túlio maravilha, se Michael Jackson sabia dançar, ou se Eika batista tem dinheiro. Claro que a maioria diria o esperado, mas sempre aparece um desinformado, ou doido, ou veado, ou tudo junto, e destoa dos outros. A impressão que tenho é que os bebês nascidos ontem já nascem apreciando o sapo barbudo.
É claro que o fato de o Brasil ser uma nação de cretinos, ajuda muito. Mas sempre foi assim, e não eram tão populares os outros. E é mais percepitível ainda que não é só quem vota em lula que pode ser considerado cretino, porque se fossem os imbecis apenas 80% da nossa população seria nossa glória.
Eu me incluo nos imbecis que não votam nele. Voto no Serra. E já criei um slogam genial para a campanha dele, que atesta minha capacidade na área de propaganda. Ora, temos contra nós a imensa popularidade de lula, então teremos que adotar um diferencial, uma coisa que faça ver aos eleitores que Serra manterá a esmola e terá um adicional. O slogan é:

JOSÉ SERRA, COMPETENTE E BONITO!


A frase do Nelson é genial, toda unânimidade é burra mesmo, mas a questão é saber se existe unânimidade. Quem pode ser considerado isso?
Lula, esse pode. Reinaldo Azevedo, que não é fâ do barbudo, disse que quando o filme sobre ele (uma palhaçada que fará dele um novo padre Cícero Romão) ele terá 115% de aprovação. Se você fala mal dele, se ousa isso, você é de direita, ou lê a “veja”, ou é americanófilo, ou safado, ou tudo que desabone o sujeito que discorda de um cara que estava(está) a frente de um governo corrupto, inepto, que está inchando o estado brasileiro, que compromete o futuro do Brasil com um assistêncialismo torpe e sem fim, sim, porque nenhum presidente terá coragem de cortar essa esmola viciante que é o bolsa família, criado por FHC, mas que serviu como compra de voto para o governo de lula.
Mas há uma coisa que vou dizer que me arrepiou ao me vir à mente agora, sobre ele, sobre o barbudo, sobre o presidente Lula, sem o PT, sem os “amigos” dele, e que eu soube (quem diria?!) lendo a “veja”,embora o jornalista fosse irônico ao relatar o fato. Digo fato porque fato é. Quando Roberto Jeferson entregou os mensaleiros todos, e estava puto com lula por ele ter lhe abandonado, segundo ele, disse uma coisa sobre o barbudo que me fez querer ter vontade de estar naquela hora, naquele gabinete, disse que quando Lula foi informado das falcatruas de sua “tchurmaaaaaaaaaaa”, e de envolvimento de amigos próximos, chorou. Se foi verdade eu não sei, mas não vejo por qual razão não seria, uma vez que quem relatou isso, foi um cara que denunciou uma coisa, e o fez consciente, que poderia causar o fim de um governo e de um presidente, sobretudo de um homem.
O fato é que cada vez que olho para Lula, cada vez mesmo, vejo a pequenez do ser humano, e isso não é ofensivo a ele, de modo algum, é apenas a constatação de que o homem fracassou, e fim de papo. Porque ele é grandioso quando se preocupa com os fodidos do nordeste, e ele se preocupa mesmo, e pequeno quando quer todo para si o mérito que é seu em minoria. Quão longe do grande homem é o homem! Pode chorar por um princípio nobre, pode querer para si o que não lhe pertence. Lula não é o que eu digo, não é o cão. Menos ainda o que os que o amam acham ser ele. Lula é um ser humano, com grandezas e deficiências, que erra e acerta, não estudou em Paris, nem faz o governo que acham, os que o idolatram, ser de esquerda. Lula é um cara que aderiu ao sistema e tentou ajudar o pobre sem dente, o operário, o severino retirante. Se conseguiu não sei, mas tentou. E creio que foi sincero na tentativa. E isso vale um abraço companheiro, isso vale um abraço companheiro, dentro do meu coração.

SERRA PRESIDENTE 2010!

segunda-feira, 29 de março de 2010

TE AMO, BUCHUDINHA.

A BUCHUDINHA É RUIM, A BUCHUDINHA É CHATA, DISSE QUE EU PRECISO APRENDER A SER GENTE, NÃO QUER DEIXAR EU CONSERTAR O COMPUTADOR DELA, ME CULPA DE COISAS QUE EU NÃO TENHO A MENOR CULPA, ME CHAMA DE LOUCO, DE CANALHA, DE TUDO QUE SE DIZ DE QUEM NÃO SE GOSTA, OU DE QUEM SE ODEIA, ESCULHACHA MESMO. E SE NÃO FOSSE A MINHA ARROGÂNCIA, MINHA DISFAÇATEZ, MEU CINISMO, EU FICARIA COM RAIVA DELA. MAS NÃO FICO, NÃO TEM COMO, IMPOSSÍVEL, TÁ OUVINDO, BUCHUDINHA FEIA, NÃO FICO COM RAIVA DE VOCÊ, ME XINGUE DO QUE QUEIRA, POIS SEU ESTADO PERMITE, MAS QUANDO TEU BEBÊ NASCER AI TE XINGO, DESCONTO O TEMPO PERDIDO. E VOCÊ SEMPRE ME PERDOARÁ, SEMPRE ME TERÁ AMOR, SEMPRE, SOU SUA CRUZ. NÃO ME VENHA DIZER QUE AGORA TEM COM QUEM SE PREOCUPAR, POIS SOU TEU FILHO TAMBÉM, VOCÊ REZA POR MIM, SEMPRE VAI REZAR.
BUCHUDINHA, SOU O TEU MELHOR AMIGO, VOCÊ SABE. VOCÊ DIZ QUE SOU BURRO, QUE PARA VOCÊ NÃO PASSO DE UM IDIOTA METIDO A SABIDO, EU ME ACHO UM GÊNIO, MAS NÃO PELOS MOTIVOS QUE ALGUÉM SE DIZ GÊNIO, OU SE DIZ DE ALGUÉM ISSO. SOU UM GÊNIO! ISSO É O QUE SOU. NÃO NA ACEPÇÃO QUE O DICIONÁRIO REGISTRA, ISSO NÃO, INFELIZMENTE. NUNCA FUI MAIS QUE MEDIANO, OU MENOS QUE ISSO. MAS QUANDO VOCÊ DIZ QUE INTELIGÊNCIA É SABER O CAMINHO DO CERTO, DO BEM, É ACEITAR JESUS COMO SALVADOR, É ANDAR EM LINHA RETA PARA O BEM. PENSO QUE FAÇO ISSO. É VERDADE, JURO! A MINHA MANEIRA, DEVAGAR, LENTAMENTE.
BUCHUDINHA LINDA, A MAIS LINDA DO MUNDO! SABE PORQUE TE AMO?
PORQUE VOCÊ NÃO DEIXOU EU CONSERTAR A CPU E ME CHAMA DE INCOMPENTE, E DE COISAS QUE EU NÃO PERMITIRIA A MEU PAI DIZER QUE SOU, MAS ME MANDOU COMIDA ONTEM, SE PREOCUPA COMIGO, SE ALMOÇEI, SE COMI DIREITO. VOCÊ SABE QUE ME AMA, QUE SOU TEU FILHO MAIS VELHO, E ATÉ MAIS VELHO QUE VOCÊ. COMO PODE UM FILHO SER MAIS VELHO QUE A MÃE? NÃO SEI, PERGUNTE A DEUS, FOI ELE QUE NOS FEZ AMIGOS, QUE FEZ UMA AMIZADE BRIGUENTA, IMPLICANTE, MAS LINDA.
MAS ESCUTE SÓ, COMA MENOS, E NÃO FIQUE SE PREOCUPANDO COMIGO, PORQUE FICAREI BEM, SEMPRE, ONDE EU ESTIVER. E ONDE EU ESTIVER, COM QUEM SEJA, COMO ESTEJA, LEMBRAREI DE VOCÊ, TEREI PAZ, SENTIREI ORGULHO DE TER PASSADO O TEMPO, VOCÊ TER ME VISTO COMO SOU, SEM MÁSCARAS E ILUSÕES, E AINDA ASSIM SE PREOCUPAR COM MEU CORAÇÃO, NÃO SE ESTÁ AMANDO, MAS SE TEM GORDURA.


FICA O POETA, FICA PAULINHO DA VIOLA, FICA O DITO: "SE LÁGRIMA FOSSE DE PEDRA, EU CHORARIA"





FICA O DITO DE OUTRO GRANDE POETA, QUE DISSE SER A AMIZADE SUPERIOR AO AMOR.
E FICO O MEU DITO, COM MENOS BRILHO, COM MENOS TALENTO, MAS COM O MESMO AMOR:

DOS AMORES AMADOS DE VERDADE, NÃO FINGIDOS, NEM SIMULADOS, NAS AMIZADES MAIS SINCERAS, NAS PREOCUPAÇÕES COM O BEM ESTAR DO OUTRO, QUE FAZ UMA AMIZADE SER LEAL, NÃO SIMULACRO DE AMIZADE, NÃO VAIDADE EM QUE ALGUÉM GOSTE DE NÓS, SEM PREOCUPAÇÃO COM O OUTRO, ENFIM DENTRE OS DE FATO AMIGOS, E OS DE FATO QUE SE GOSTAM, SOMOS AINDA DESTAQUES, SOMOS AINDA AMOR.

TE AMO BUCHUDINHA LINDA.

PARA ELAINE.

sábado, 27 de março de 2010

VILANOVA É FODA!

O BRASIL NÃO ACABOU!

O BRASIL NÃO ACABOU!
SERRA ESTÁ 9 PONTOS À FRENTE DE DILMA!
TEREMOS UM GOVERNO QUE NÃO ADMIRE DITADORES, NEM SEJA COMPOSTO DE LADRÕES DESCARADOS, QUE ROUBAM E CULPAM A "VEJA" AO INVÉS DE SE MOSTRAREM INOCENTES NO QUE SÃO ACUSADOS.
MAS O BOM É QUE NÃO TEREMOS DE SUPORTAR UM NOVO LULA, COM FRASES IDOTAS A TODA HORA.
O QUE FEZ DILMA CAIR?
ELA MESMA.
QUANDO ABRIU A BOCA PARA DIZER AS BOBAGENS QUE LULA DIZ, E NÃO TEM A POPULARIDADE DO BARBUDO, DANÇOU. A ELEIÇÃO ACABOU! CHEGA DESSA GENTE.

quarta-feira, 24 de março de 2010

O VELHO CANTOR ABRE A V OZ E O TEMPO CANTA





SOU CARIOCA, GOSTO DO MEU PAÍS, EMBORA O TENHA COMO ELE É, UM PAÍS DE POLÍTICOS CANALHAS E ILUSIONISTAS. OUVIR GONZAGA ABOIANDO ME FAZ AMAR O NORDESTE MAIS FORTE, COM MAIS INTENSIDADE.

segunda-feira, 22 de março de 2010

E AGORA?

Brilhar para sempre,
brilhar como um farol,
brilhar com brilho eterno,
gente é para brilhar,
que tudo mais vá para o inferno,
este é o meu slogan
e o do sol.

Vladimir Maiakóvski

quarta-feira, 17 de março de 2010

PARA MOACY CIRNE

LULA X FHC

QUEM CONTROLOU UMA INFLAÇÃO QUE NINGUÉM CONTROLAVA?
QUEM MODERNIZOU O ESTADO?
QUEM FOMENTOU O DESENVOLVIMENTO QUE HOJE ESTÁ AI?
QUEM CRIOU A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL?
QUEM PERMITIU O ACESSO DO POVÃO AS COMPUTADORES E CELULARES?
QUEM CRIOU UM ORÇAMENTO (ORÇAMENTO DE FATO)?
QUEM COLOCOU O BRASIL NO MERCADO?


F H C


TODOS OS QUE CRITICAM O EX PRESIDENTE, E SÃO TODOS, DEVERIAM FECHAR O RABO, CALAR A BOCA, ENTUPIR-SE, OU EXPLICAR O PORQUE DE O PLANO REAL (QUE LULA FOI CONTRA, E SEM O QUAL NÃO TERIA FEITO NADA DO QUE FEZ) TER SIDO O ÚNICO A DAR CERTO, O ÚNICO A DEBELAR A INFLAÇÃO, O ÚNICO QUE DEU CERTO, CONTRA TODOS OS PROGNÓSTICOS PETISTAS.

COM INFLAÇÃO, LULA NÃO SERIA NADA, NADA, NADA, RIGOROSAMENTE NADA. SEM ELA, CONTROLADA POR FHC, O MALVADO, SERIA SÓ O QUE SEMPRE FOI, UM APEDEUTA EM UM PAÍS DE NÉSCIOS. É MUITO FÁCIL FAZER CRESCER TENDO HERDADO UM PAÍS GOVERNADO POR OITO ANOS POR UM GIGANTE, COM UMA POLÍTICA ECONÔMICA FEITA E CONTINUADA, DIFÍCIL É PEGAR O PAÍS COM 12.500% AO ANO DE INFLAÇÃO( DOZE MIL E QUINHENTOS MESMO)SEM ORÇAMENTO, COM PREFEITURAS GASTANDO O QUE NÃO TINHAM, COM EMPRESAS ESTATAIS INCOMPETENTES, COM UM ESTADO ARCAICO, COM A MERDA QUE FHC PEGOU, E AINDA GOVERNAR COM UMA OPOSIÇÃO CALHORDA COMO A DE LULA.

QUEM CONTROLOU A INFLAÇÃO?

HOJE PARECE FÁCIL, HOJE PARECE POUCO, MAS NÃO SOU IDIOTA, TENHO MEMÓRIA, QUANDO O FHC CONTROLOU A INFLAÇÃO TODOS ACHAVAM QUE NÃO TINHA MAIS JEITO, LULA PREGAVA O CALOTE NO FMI (AGORA SE GABA DE TER PAGO O FUNDO) LULA TEM 80% DE APROVAÇÃO PORQUE FHC EXISTIU, ISSO É FATO. SEM ISSO SERIA O QUE SEMPRE FOI, UM SOCIALISTAZINHO DE MERDA, UM PARTIDÁRIO DO FIDEL.
SALVE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO!
E A LULA FICA O TEMPO PARA JULGAR, COMO POLÍTICO, COMO HOMEM. A FHC JÁ NÃO HÁ O QUE ESPERAR, ELE JÁ É LENDA.

terça-feira, 16 de março de 2010

A MÃO NA PERNA.

É MEU PAI, JÁ NÃO SOMOS MAIS CRIANÇA E VOCÊ MALOGROU SEU PROJETO DE NÃO ME FAZER SOFRER.
MAS FICA FRIO, MEU BOM, BRAVO E HONESTO PAI, POIS É EM TI QUE VEJO FORÇA, A FORÇA QUE SEMPRE IMPULSIONA, QUE FAZ CRESCER.
É MEU PAI, NÃO ÉS MAIS O SUPER-HOMEM QUE EU VIA NA INFÂNCIA, QUE EU VIA O MAIS FORTE, QUE EU SUPUNHA O MAIS BONITO, QUE O MAIS ESPERTO SERIA. HOJE, DEPOIS DE ANOS, DE MAIS IDADE, VEJO TEUS DEFEITOS, TUAS FRAGILIDADES, TEUS MEDOS, TUA GRANA PARCA, TEUS POEMAS ANTIGOS. VOCÊ É MENOS POETA, VOCÊ É O POEMA. E NÃO ME PEÇAM PARA NÃO CHORAR AO ESCREVER SOBRE VOCÊ, E NÃO ME TENHAM OU TOMEM POR SENTIMENTAL, PORQUE SOU, E QUISERA QUE O MEU ESCRITO FOSSE MINHA VIDA, MEU VIVER, SERIA TÃO DOCE, TÃO LINDO.
É MEU PAI, ME FIZESTE COVARDE PARA O ÓDIO, TENHO ESSE DEFEITO, NÃO CONSIGO ODIAR, OUTRO DIA LENDO O QUE DISSE UM EX-MINISTRO DO GOVERNO LULA, CHOREI (DE FATO) COM AMOR PELO BARBUDO, TÃO XINGADO, TÃO SUPOSTAMENTE ODIADO POR MIM, SIM MEU PAÍNHO, SOU UM IDIOTA IGUAL A VOCÊ.
QUANDO TE LIGO E MANDO VOCÊ ESCUTAR UMA CANÇÃO, NÃO É UM FILHO QUE QUER MOSTRAR ALGO DE BELO AO PAI, É O POEMA QUE SOMOS, SENDO RECITADO PELO VENTO, PELO TEMPO, NA ROUCA VOZ DO NADA.
--MEU FILHO É UM IRRESPONSÁVEL~
--MAS DOUTOR, ELE É TÃO CALMO.
--UM CABRA SAFADO...
...()MEU FILHO ESTÁ AQUI, VOU ME EMBORA.
--MAS DOUTOR, ELE NÃO É UM CABRA SAFADO?
--É, MAS É MEU FILHO!
Ô MEU PAI, NÃO FOI TU QUEM ME CONTOU ISSO, FOI A MENINA DA CASA ONDE JOGAS, ONDE JOGUEI PARA QUE SOUBESSES QUE POSSO JOGAR E NÃO TE FAZER SOFRER, E A ELOQUÊNCIA DO QUE NÃO FOI DITO COM INTENÇÃO DE SABIDO DEPOIS, ADENSA O FATO À POTÊNCIA EM QUE NÃO CHEGAM ÀS POTÊNCIAS, PORQUE MATEMÁTICAS, PORQUE NÃO CABEM AOS NÚMEROS MENSURAR O AMOR.
ENTÃO É ISSO, MEU HERÓI, MEU PAI, CUMPRIMOS NOSSO PAPEL E META, VOCÊ DE PAI, EU DE FILHO, E CREIO QUE FOMOS BEM, E QUANDO NÃO FORMOS NADA, OU FORMOS OSSOS, DEPOIS CINZA E MAIS NADA, FICA O DIA EM QUE COLOCASTE A MÃO NA MINHA PERNA E NÃO DISSESTE NADA, E EU, PENSANDO QUE IRIA MORRER, SENTI O QUANTO TODA A LITERATURA, TODA POESIA, TUDO QUE APRENDI, E ATÉ MESMO MINHA DOENÇA, SÃO MENORES COISAS, OU COISAS QUE NÃO DIZEM NADA, O AMOR ENTRE NÓS, DIZ TUDO.