quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ONDE ESTAVAS?


Sei de mim, de meus invernos. De minha dor, de seus infernos. Mas não me queixo, espero.
Enquanto espero vejo o belo onde posso, desvio o olho do que não gosto, amando o gesto bom;
Não tenho medo de bala, nem de satanás, não de morrer novo, nem velho, nem de morte em morte, nem de sofrer, tenho medo de secar, de perder o amor. Morrer em vida, em vida severina.
Não busco salvação, já disse, busco colo, meiguice, olhar sincero, e muito vento no rosto, ou afago, ou que alguém me entenda, não que aceite, que entenda.
Porque quando me deres conselho,quando quiseres me ensinar algo, quando vieres com tua moral, teus princípios, teu “deus”, te direi que o Deus que creio e bom, o que crês, castiga, e quem castiga não é Deus, é o teu deus, um deusinho mesquinho, tacanho.
Quando me quiseres me mudar, ou me julgar, te direi: conheces a mim? Conheces a dor?
Onde estavas na noite de minha agonia?
Quando eu morri na primeira vez (depois disso mais mil) onde estavas tu?

Um comentário:

Fofurete disse...

Estou aqui...mais perto do que nunca e vc sabe disso! Salvação não posso te dar, mas o meu colo e minha meiguice isso sim, serão sempre teus. És especial pra mim, imagina pra Deus! Onde eu for te levarei comigo, mesmo que em pensamento.
Sua dor e agonia tb são minhas, e sendo assim, estão nas mãos daquele que cuida do meu coração, dos meus sentimentos e das minhas necessidades.

TE AMO!