segunda-feira, 20 de abril de 2009

OS CONTADORES DO TEMPO E YARA.

















"CERTAS CANÇÕES QUE OUÇO, CABEM EM MIM, QUE PERGUNTAR CARECE: PORQUE NÃO FUI EU QUE FIZ?"



O QUE NESSA VIDA VALE MAIS QUE UM AMIGO?

NADA.


"AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, COMO EU VOS AMEI".

JESUS, 


ESSE POEMA DE ABAIXO, É MUITO QUERIDO POR MIM. TALVEZ MAIS QUE TODOS OS DE NOVAES. AMO ESSE POEMA. MAS NÃO ME PERGUNTO, COMO O POETA DA MÚSICA O FAZ, PORQUE NÃO TER FEITO ELE. NÃO FIZ PORQUE NÃO SOU POETA, NÃO FIZ PORQUE NÃO SEI FAZER. DAÍ VEM A ADMIRAÇÃO. O RESPEITO E A REVERÊNCIA AO POETA, NÃO SÓ  A NOVAES, CLARO, MAS A TODOS OS GRANDES POETAS E POEMAS.


PEÇO AUTORIZAÇÃO A MARCELO NOVAES, PARA DEDICAR O POEMA DELE A UMA AMIGA QUERIDA. 

DEDICO A YARA, MINHA YARETE, AMADA ANTES DE ONTEM, DEZ VEZES ISSO, HOJE. OBRIGADO, TEU IRMÃO CHOROU MUITO, DE AMOR, DE AMAR. TENS UMA VISÃO SOBRE MIM, QUE ME DEIXA ENVAIDECIDO, EMOCIONADO. NÃO POSSO FAZER-TE UM POEMA DESSES, MAS POSSO SER TEU AMIGO, E VEJO QUE AGORA, TEU FILHO. 

TE DEVO MUITO, ESPERO NUNCA PAGAR-TE. PORQUE PARA TANTO SERIA PRECISO ARRANCAR MEU CORAÇÃO E LHE ENTREGAR(TAL QUAL A MÚSICA). QUE NÃO ENTENDAM ESSE AMOR QUE SENTIMOS UM PELO OUTRO, QUE SE DANEM TODOS. SOMOS A CONFIRMAÇÃO DE PLATÃO, E A CONFIRMAÇÃO DE EXISTEM AMIGOS NESSE MUNDO MAL.

TE AMO MINGAU, VOCÊ FEZ O QUE EU JÁ TENTEI FAZER POR VOCÊ, EU MALOGREI, VOCÊ QUASE CONSEGUIU. MAS O ESFORÇO DE TER TENTADO, VALE TUDO O MAIS. 

QUEM GOSTAR DE ALGUÉM E FOR CORRESPONDIDO, SERÁ FELIZ. 

VOU REPETIR: TE AMO. TU QUE JÁ FOSTE FEIA, HOJE É LINDA, E SÓ NÃO PERCEBEU ISSO UM QUE É DE OUTRO PLANETA, MAS PERCEBERÁ.

















MARCELO NOVAES



O Contador do Tempo

Para Guimarães Rosa








Eu estou sempre na grande escadaria.
Eu estou no barco de pau a pique, entre
as duas margens do Rio Pardo. Eu não
sou quente. Eu não sou frio. Eu aguardo.



Viro um copo de aguardente - num só
trago -, e te meço, de cima a baixo. Eu
não estou no topo, mas no meio. Não sou
vesgo, não sou torto. Nem, tampouco, feio.
Aciono teu medo por controle remoto, pois
já descobri o jeito.



Maneira estranha de estar no mundo, na
grande escada: distribuindo ervas e guirlandas.
Apontando estradas. Sempre com nova postura.
Muitas vezes, no agachado. Mas agora de pé, onde
me equilibro. Forte. Rijo. Forte demais pra pretender
só uma das margens do rio.



De onde estou - bem no meio -, eu reúno as duas.
Eu miro as margens, e as possuo. Comparo os passos
dos que passeiam dos dois lados. Conto sombras e
grãos de areia. Antecipo as correntes do rio com
meus olhos de vidro. Frios. Azuis.Um azul anil.



Se me olhar, de repente – à tua esquerda, nunca à tua
frente -, saiba: eu assobio. E acordo uma memória que
dormia em tua mente.



Eu estou sempre na grande escadaria. Não sou morno,
não sou quente. Pesadelo ou fantasmagoria. Não estou
no topo, mas no meio. E sei contar o tempo. Sem perder
segundo. E do rio - bem do seu meio -, eu sei o mundo

2 comentários:

Unknown disse...

Bela escolha, Wellington!

Beijos

Mirse

YaRa disse...

Meu amigo meu IRMÃO...conseguistes me levar as lagrimas....faltam as palavras pra responder uma homenagem tão sublime...eu te AMO e bem o sabes...mas neste momento...nem Marcelo...nem mesmo Shakespeare poderiam traduzir a gratidão deste momento...